Pastel de angu de Itabirito é fonte de renda para agricultoras de Cataguases

“O pastel de angu é o ouro de Itabirito, que não acaba. Com ele, estas agricultoras poderão ganhar dinheiro e ter mais qualidade de vida”, ressalta Inês de Sousa Lima. Dona Inesita, como é conhecida no município, foi convidada pela Prefeitura de Itabirito e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) para ensinar, a 14 agricultoras familiares de Cataguases, todo o conhecimento adquirido em mais de 20 anos produzindo pastel de angu - o patrimônio cultural de Itabirito. O treinamento foi feito nas dependências da Arena Real em Itabirito, na tarde do dia 12, e contou com recursos do Programa Minas Sem Fome, do Governo de Minas. 

“Tínhamos que aprimorar nossa forma de fazer o quitute e nada melhor do que vir à terra onde ele foi elaborado para saber como melhorar nossa produção”, descreve Maria das Graças Martins Costa, extensionista de bem-estar social da Emater-MG em Cataguases. Segundo ela, o pastel de angu é o produto mais pedido no Café Rural, projeto em que as agricultoras familiares do distrito rural da Glória vendem seus quitutes como fonte de renda. “Está sendo um grande benefício para gente. Nosso café ficou mais famoso com o pastel de angu”, conta Clotilde da Silva Moizés, que sustenta seus três filhos com a venda dos produtos a órgãos públicos e empresas de Cataguases.

“É muito bom ver que esta joia gastronômica, criada em nossa terra, está sendo utilizada por pessoas de outros municípios com um objetivo tão nobre”, comemora Geraldo Magno de Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico de Itabirito. “Que com este curso, enriqueça cada vez mais as atividades destas mulheres”, completa o secretário. 

O professor de História e secretário de Educação de Itabirito, Ricardo Francisco, falou um pouco sobre a invenção da iguaria para as agricultoras: o Pastel de Angu foi criado no século XIX, pelas escravas Philó e Maria Conga, que foram as primeiras a usar sobra de angu - principal refeição dos escravos - junto com um guisado de umbigo de banana e sobras de carne; a receita caiu no gosto dos donos da fazenda e se transformou em um dos pratos mais tradicionais da culinária itabiritense.

Secretaria de Comunicação Social de Itabirito
Texto e fotos: Agnaldo Montesso

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Publicado em: 16/05/2011



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