Baependi colhe safra de azeitonas

Oliveiras em Baependi.


Há três anos, os produtores de Baependi, no Sul de Minas, investiram no plantio de azeitonas e agora estão colhendo a segunda safra. A colheita iniciou em fevereiro e vai terminar em abril. A produção deve chegar a 50 quilos de azeitonas, resultado considerado surpreendente pelos técnicos pois as oliveiras ainda são novas e a cultura só atinge uma produção comercial aos sete anos de idade.

Em Baependi, oito agricultores estão apostando na cultura e outros seis produtores da região também aderiram ao projeto. No total, já são mais de 5 mil pés de oliveiras plantadas, numa área de aproximadamente 20 hectares. A iniciativa é a primeira em Minas Gerais, fora Maria da Fé, município onde a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) já pesquisa a cultura há três décadas. No ano passado, os produtores de Baependi e região conseguiram colher cerca de 20 quilos de azeitonas.

O agricultor Vinícius Varela, um dos participantes do projeto, acredita que a azeitona vai propiciar um bom retorno financeiro aos produtores locais. “Resolvi investir na azeitona para conseguir uma renda maior que a do gado leiteiro da região e a partir dessa renda poder viver aqui, que é um lugar maravilhoso. Parece que a oliveira vai conseguir dar esse sustento para a gente permanecer aqui”, argumenta.

Azeitona orgânica

De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), André Henriques, que presta assistência aos produtores, a experiência de cultivo de oliveiras em Maria da Fé (distante 75 km de Baependi), o clima frio de Baependi (1,2 mil metros de altitude) e a perspectiva de um futuro promissor foram fatores que levaram o grupo de agricultores a investir na cultura. Mas por ser uma área de proteção ambiental, os produtores optaram por um cultivo orgânico e utilizam sub-produtos da pecuária (esterco curtido e a urina de vaca) como fertilizante e defensivo agrícola. “Estamos numa área próxima do Parque Estadual Serra do Papagaio (unidade de conservação estadual mantida sob a responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas) e esse projeto integra um trabalho de preservação que temos na região. Além disso, o mercado de produtos agroecológicos é interessante por ter um acréscimo no valor de venda dos alimentos”, explica o extensionista.

As primeiras mudas do projeto vieram de Maria da Fé. “A gente buscou mudas de qualidade na Epamig para avaliar como era a performance delas nas condições de Baependi”, conta André. Atualmente, os produtores do município estão montando um viveiro para cultivar suas próprias mudas e assim reduzir os custos de produção. “A idéia é aumentar os olivais e futuramente poder produzir em larga escala para comercializar também as mudas, pois tem muita gente no Sul de Minas procurando oliveiras para plantar, mas a quantidade produzida em Maria da Fé ainda é pequena”, comenta Vinícius Varela. O grupo de produtores estima que em cinco anos eles já estarão produzindo uma quantidade de azeitonas suficiente para fabricar azeite e comercializar o produto no mercado nacional.
 


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Publicado em: 30/03/2010



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