Depois do limão, agricultura familiar do Jaíba se prepara para exportar manga palmer

 Além do limão, agricultores familiares do Projeto Jaíba, assistidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), se preparam para atender a demanda do mercado externo e estão investindo também na produção de manga palmer. Depois da certificação da Produção Integrada de Frutas (PIF), conquistaram agora o principal selo de certificação para a venda de alimentos na Europa, o Globalgap. Até o momento, três deles fizeram as adequações físicas necessárias na propriedade e conseguiram o selo.

O extensionista da Emater-MG local, Idelmar Pereira da Silva, explica que os compradores internacionais querem se assegurar de que estão adquirindo produtos com rastreabilidade desde a origem de produção. “A certificação é uma garantia de procedência do produto. Significa que a produção pode ser rastreada, visando qualidade e maior segurança alimentar”, diz.

O selo Globalgap é um sistema europeu de gestão de qualidade que tem como finalidade principal assegurar alimentos sustentáveis e seguros para os seus consumidores. As normas para obter esse selo de qualidade e origem abrangem três áreas principais: segurança alimentar, com a análise de riscos e pontos críticos de controle; proteção ambiental, visando minimizar o impacto negativo da produção agrícola no meio ambiente; e saúde, segurança e bem-estar ocupacional.

Segundo Idelmar, para obter a certificação, os produtores de manga palmer do Jaíba já adotaram melhorias mínimas em suas propriedades como a construção de banheiros; sala de estoque de defensivos, equipamentos de proteção individual (EPI's), embalagens e fertilizantes, além de fossas sépticas; lavatórios de equipamentos e tratamento da água utilizada na limpeza do maquinário.


Expectativa favorável


Dono de uma propriedade de 180 hectares, Manoel Ferraz, associado à Central de Processamento e Comercialização do Projeto Jaíba (Centraljai), é um dos produtores apto a exportar manga palmer. Após cumprir as exigências de melhorias na propriedade, ele conseguiu a certificação. Ferraz cultiva 15 hectares da variedade palmer e espera superar a experiência deste ano, quando vendeu para o mercado externo cerca de cem toneladas da fruta, com preços variando entre R$ 1,40 a R$ 1,70 o quilo.

Para 2011, a expectativa de Manoel é avançar um pouco mais. “Esse segundo ano de produção deve ser melhor e espero exportar 120 toneladas, a partir de julho”, revela. O produtor, que já produz limão para exportação, também investe na plantação de manga haden e tommy para o mercado interno e se prepara para a construção de um galpão e a compra de um equipamento de seleção das frutas.

De acordo com o gerente regional da Emater-MG do Jaíba, Ivan Alves de Souza, para a próxima safra, estima-se uma produção de 960 toneladas de manga palmer, considerando apenas os atuais produtores familiares certificados do Jaíba e a área total plantada de 32 hectares. Segundo ele, produzir mangas para exportar pode ser um excelente negócio, “desde que o câmbio esteja favorável”, pondera.

No total a Emater-MG presta assistência a aproximadamente 600 agricultores familiares que produzem limão, sendo que, 14 deles possuem a certificação Globalgap/PIF para exportação. Além do acompanhamento do manejo adequado da cultura, no que se refere aos tratos culturais, a empresa incentiva o uso racional da água de irrigação e ainda orienta no preenchimento das planilhas de acompanhamento da produção. As frutas do Jaíba são exportadas principalmente para Portugal, Espanha e Alemanha, de acordo o técnico da Emater-MG.

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Jornalista Terezinha Leite
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Publicado em: 05/11/2010



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