Delfinópolis vira pólo de fruticultura

  

Como várias outras cidades do Sudoeste de Minas, Delfinópolis tem na atividade agropecuária sua maior fonte de renda. Mas diferente de boa parte dos municípios da região, o segmento que tem crescido significativamente no local nos últimos anos é a fruticultura. Essa tendência é resultado de um projeto iniciado em Delfinópolis, em 1993, como alternativa ao cultivo de café, que na ocasião passava por um momento de mercado bastante ruim.

O extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Sávio Marinho, recorda que, na época, cerca de dez produtores o procuraram em busca de informações sobre a fruticultura, pois estavam dispostos a investir no setor. Daí surgiu o projeto, que começou com o plantio de 20 hectares de banana, mas também envolve limão, maracujá e mamão. "No começo, não foi fácil, principalmente porque a produção não era boa e o volume pequeno. Também era preciso conquistar o mercado e convencer os consumidores a aceitarem nossos produtos. Hoje, a banana prata do nosso município é referência de qualidade em todo Brasil”, orgulha-se o engenheiro agrônomo.

Com a bananicultura, os produtores de Delfinópolis conseguiram conquistar espaço no mercado e, atualmente, comercializam as frutas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com Marinho, uma grande vantagem do município é a proximidade dos mercados consumidores, principalmente em relação a outros pólos frutícolas como Janaúba e Jaíba, o litoral catarinense, o Norte Capixaba e o Sul da Bahia. “Com os preços atuais dos combustíveis, o frete passou a ser um componente importante no custo final da mercadoria, o que tem sido favorável para os nossos produtores”, argumenta.

Segundo estimativa do escritório local da Emater-MG, a área ocupada pela bananicultura no município já chega a 367 hectares, sendo 60 em formação. A produção estimada para este ano é de 7350 toneladas, o que deve gerar uma receita de R$ 3,7 milhões. A produtividade média é de 24,5 mil quilos por hectare/ano, mas os fruticultores mais tecnificados já alcançam uma produção acima dos 30 mil kg/ha. A prata-anã é variedade plantada em quase toda a área de banana, mas a maçã e a grand naine também estão presentes. “A banana é hoje o terceiro produto agrícola do município em valor de produção, atrás apenas da cana e milho”, explica o engenheiro.

O produtor Ivaldir Maia Rodrigues, da Fazenda Nossa Senhora da Rosa Mística, está no mercado de bananicultura há 15 anos. Em sua propriedade, o agricultor tem plantado 111 mil covas de banana prata e 9 mil de nanicas. Maia Rodrigues diz que o início da atividade na região foi bastante complicado e que ele chegou a perder muita mercadoria, principalmente nos três primeiros anos, mas valeu a pena todo esforço e investimento. “Com o apoio da Emater-MG, a fruticultura veio fortalecer a classe produtora de nossa cidade, além de gerar emprego e renda para o município", afirma o produtor.


Assessoria de Comunicação da Emater-MG
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Jornalista responsável: Flávia Freitas
Estagiária: Osana Cristina
(31) 3349-8021

Publicado em: 06/03/2009



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